Administração de Condomínios

Porteiro eletrônico não é a solução para os condomínios

Substituir o porteiro presencial pelo porteiro eletrônico pode trazer mais dor de cabeça para o condomínio.

Nos últimos anos muitos condomínios estão buscando por alternativas que diminuam os seus gastos gerais e com a promessa da redução em 50% ou mais da folha de pagamento optam por porteiros eletrônicos.

Mas a administração do edifício deve estar atenta aos possíveis problemas que a substituição de um porteiro presencial por um porteiro eletrônico pode causar no dia a dia do condomínio.

Abrir mão do atendimento presencial pode dar mais espaço para a ação de criminosos, colocando em risco todo o condomínio.

Por isso, para lidar com a segurança das pessoas, é necessário que considerar que nem sempre economizar nos custos traz bons resultados num quadro maior.

Um outro artigo que concorda com a fato de que porteiro eletrônico é ruim para a segurança é sobre Portaria Eletrônica.

Porteiro eletrônico não identifica melhor os visitantes que frequentam o ambiente

Na ausência do porteiro presencial, a identificação de visitantes e prestadores de serviço é feita de forma remota apenas através de câmeras de segurança do porteiro eletrônico.

E esse tipo de sistema costuma registrar quem são esses visitantes e prestadores de serviço, o que gera um controle de entrada e saída de estranhos.

Contudo, através do reconhecimento de documentos apenas pela câmera de segurança, é mais fácil para pessoas criminosas disfarçadas apresentarem documentos falsos e não ser possível perceber. 

Já o porteiro presencial, num curto período de tempo, passa a identificar com muita rapidez os visitantes mais recorrentes e os próprios hábitos dos condôminos.

E presencialmente é possível observar pela postura corporal das pessoas se elas estão agindo de maneira suspeita, o que uma câmera de segurança não permite. 

Porteiro eletrônico pode falhar com frequência

Além disso, todo equipamento eletrônico que existe está sujeito a falhas ou danos.

Com a queda de energia, falhas na internet ou falta do sinal, o sistema fique inoperante por muitas horas, obrigando os próprios condôminos a virem aos portões para liberar o acesso de seus visitantes.

Sem contar que condomínios que tenham muitas crianças também podem lidar com danos de equipamentos com mais frequência, por mal uso dos mesmos por parte desses condôminos.

Dessa maneira, esses problemas podem abrir brechas frequentes para a ação de criminosos, que se aproveitam de sistemas mais sensíveis para invadir os condomínios.

Complicações no momento da entrega de correspondências

Outro problema é que o recebimento de correspondências nos condomínios é realizado pela portaria, principalmente aquelas que devem ser assinadas.

Mas sem um porteiro presencial de prontidão, não há ninguém disponível para isso.

Então o condomínio deverá pensar uma nova maneira de realizar o recebimento dessas correspondências.

Caso o local já conte com o zelador, as chances são grandes de que ele acumule esta função. O que não é uma boa opção, já que o mesmo tem outras diversas atividades para executar no dia a dia.

Sendo responsável pela manutenção do condomínio, nem sempre ele estará de prontidão ou poderá parar suas atividades para atender os entregadores.

O resultando dessa situação é que o condômino pode acabar não recebendo sua correspondência.

E contratar um auxiliar de serviços gerais e responsabilizá-lo por essa tarefa também não é indicado. Na prática, este funcionário exerceria as atividades de um porteiro com remuneração menor, o que vai contra a lei.

Portaria eletrônica não é sinônimo de segurança

A presença do porteiro inibe a ação de criminosos, pois este estará atento para toda a movimentação externa ao condomínio e poderá acionar a polícia ou o sistema de segurança imediatamente no caso de tentativa de invasão.

Se o porteiro presencial receber o devido treinamento, ele estará preparado para reagir em diversas situações de risco e saberá qual a melhor maneira de proteger não apenas o patrimônio, mas principalmente as pessoas.

E o porteiro eletrônico não substitui o porteiro presencial quando se trata de se adaptar aos condôminos e suas rotinas.

O que garante melhor atendimento nas situações particulares de cada condomínio e até mesmo em emergências.

Além disso, as crianças e os idosos que sejam condôminos também necessitam de auxílio na maior parte das vezes que vão passar pelos acessos de portões, o que só um porteiro presencial pode fazer.

Portanto, investir em porteiros presenciais bem treinados e sempre motivados ainda é a melhor alternativa para garantir segurança para o condomínio e todos os seus condôminos.

Se a intenção do condomínio é diminuir suas despesas, deve manter uma boa administração que saiba utilizar a verba arrecadada.

E contornar possíveis problemas financeiros pensando no que é melhor para todos deve ser a prioridade.

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Published by
Ricardo Hashizume

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