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Coqueluche em Bebês: Entenda os Riscos, Sintomas e Como Proteger as Crianças

O que é a Coqueluche e como ela se Transmite?

A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, que se instala nas vias aéreas, provocando uma tosse intensa e persistente. A doença é transmitida pelo contato direto com gotículas expelidas por pessoas infectadas, como através da tosse ou espirros. Ela é especialmente perigosa para os bebês que ainda não completaram o esquema de vacinação, pois o sistema imunológico deles ainda não está completamente preparado para lidar com a infecção.

Como a Coqueluche Afeta os Bebês?

Em adultos e crianças mais velhas, a coqueluche pode apresentar sintomas parecidos com os de uma gripe comum, como tosse e febre baixa. Contudo, para os bebês, os sintomas podem ser bem mais intensos e incluem:

  • Tosse severa que pode durar semanas;
  • Dificuldade para respirar, levando a momentos em que a criança parece “perder o fôlego”;
  • Som característico de “guincho” ao inspirar após uma crise de tosse;
  • Possível cianose (coloração azulada na pele e nas mucosas) em razão da falta de oxigênio durante as crises;
  • Apatia e perda de apetite.

Esses sintomas afetam a respiração e podem gerar complicações graves, como pneumonias e até convulsões. Em alguns casos extremos, a coqueluche pode levar à morte, especialmente em bebês com menos de seis meses.

A Importância da Vacinação

Para evitar que a doença se alastre e proteja os bebês antes que eles estejam completamente imunizados, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Brasil oferece a vacina pentavalente, que protege contra a coqueluche, além de outras doenças como tétano e hepatite B. A vacina é aplicada em três doses, aos 2, 4 e 6 meses de vida, com reforços posteriores para garantir uma proteção contínua.

Além disso, a vacinação de adultos e adolescentes que convivem com bebês, especialmente as mulheres grávidas, é recomendada para criar uma “barreira de imunidade” em torno do bebê, estratégia conhecida como “cocooning”. Essa prática ajuda a proteger os recém-nascidos até que eles possam receber todas as doses da vacina.

Diagnóstico e Tratamento da Coqueluche

Diagnosticar a coqueluche em bebês nem sempre é fácil, pois a tosse pode ser confundida com sintomas de outras doenças respiratórias. Por isso, o diagnóstico costuma ser confirmado por exames laboratoriais, como cultura e PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), que detectam a presença da bactéria Bordetella pertussis.

Quando diagnosticada, o tratamento geralmente inclui antibióticos que ajudam a reduzir a transmissão da bactéria e a diminuir a gravidade dos sintomas. Em bebês muito novos ou com sintomas severos, pode ser necessária internação hospitalar para monitoramento respiratório e cuidados intensivos. Em casa, pais e cuidadores devem prestar atenção à hidratação e alimentação do bebê, que podem ser comprometidas devido ao desconforto e à fadiga causados pela tosse constante.

Prevenção e Cuidados para Evitar a Transmissão

A prevenção da coqueluche depende da vacinação, mas algumas práticas diárias também ajudam a reduzir os riscos de transmissão:

  • Vacinação atualizada de todos ao redor: Parentes próximos, cuidadores e qualquer pessoa que tenha contato frequente com o bebê devem estar com a vacinação em dia para evitar a contaminação.
  • Higiene e cuidados: Manter as mãos limpas e evitar o contato próximo com pessoas que apresentam sintomas de doenças respiratórias são cuidados importantes.
  • Ambiente arejado: Ventilar os ambientes ajuda a diminuir a concentração de partículas contaminantes no ar, o que contribui para a saúde respiratória dos pequenos.

Conclusão

O caso do bebê diagnosticado com coqueluche em Araçatuba é um lembrete da vulnerabilidade dos recém-nascidos a doenças que podem ser graves. Informar-se sobre a doença e garantir que o calendário de vacinação do bebê esteja em dia são formas essenciais de protegê-los. A coqueluche, embora comum e evitável, ainda representa uma ameaça séria, especialmente para os bebês que ainda estão construindo seu sistema imunológico.

A prevenção é a chave: vacine-se e mantenha-se atento aos sintomas. Ao proteger as crianças com informação e cuidado, evitamos o sofrimento e garantimos a elas uma infância mais saudável e segura.

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